sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

O professor de Música do Idolo 2012 da TV RECORD

                   Everton Maciel( Dinho) para os mais intimos é uma prova de até onde pode chegar uma política pública de inclusão social em música. Este jovem de 22 anos, participou de projetos sociais na Associação Comunitária do Campo da Tuca onde fez oficinas de música no Ponto de Cultura Campo da Tuca, em parceria com a Descentralização da Cultura de Porto Alegre 2007-2008, na ACOVISME Associação de Moradores na vila São Miguel 2006 ,no projeto Campo da Cultura com a rede de parceiria social do governo do estado RS/2010 no Campo da Tuca. Além disso, este sempre frequentou os espaços ditos informais de música, como rodas de samba na vila São José.  Ele teve contado com técnicas e performances musicais, mais acima de tudo desenvolveu o gosto pela arte,em especial, pela música nestes espaços reais de ensino de música, ou seja, na sua comunidade.
             Neste sentido é importante reflertimos o quanto cada espaço deste teve de participação na formação musical de Everton. Cada qual colaboram na sua identidade musical. O Everton é um exemplo da importância da politica pública, de se investir em uma educação musical real, alicerçada na vontade e nos gostos dos jovens, que auxilie na construção simbólica, nos desejos, nos sonhos de ser, de fazer, de interagir e de produzir arte. Esta mesma arte, tão discriminada históricamente tem seu valor reconhecido ao eleger um sambista como Ídolo, ao mesmo tempo dá um recado para sociedade. Nos encherguem, mesmo vocês não nos vendo nós estamos aqui, do nosso jeito, com a nossa cultura, buscando se integrar e participar dos espaços de prestigio e ter nossa arte valorizada.
A vitoria de Everton representa todos aqueles músicos negros, brancos, mestiços que trabalham com projetos sociais de música, tanto homens, quanto mulheres. Que sobem, descem lombas, vão dar aulas onde muitos academico de música teriam medo de entrar. Com parcos recursos e criatividade trabalhando com funk, com pagode, com samba, com coral, com grupos de percussão entre outros, o educadores musicais, monitores, facilitares da aprendizagem musical, acreditam nos seus educandos e em seus pontenciais.
 A vitória de Everton é a prova de que música é coisa séria e que estes profissinais deve ser valorizados pelo estado e pela sociedade. Como professor de música do Everton, minha preocupação foi sempre desenvolver o gosto pela música, pois o gosto é anterior a técnica formal. Com todos os recursos musicais a sua disposição no programa Ídolos da Rede Record de Televisão, ele desenvolveu a técnica e mostrou toda a sua sensibiliade, simplicidade e valor da música na sua história de vida. Ao cantar para aqueles que já foram, Everton faz uma ligação com a ancestalidade africana ao cantar para seu irmão e vó mortos. Ao representar a com o lenço e roupa cigana a religiosidade afro brasileira, ao cantar do jeitos simples mostrando a estética musical negra, sincopada, emotiva, real e cultural, Everton deu uma prova de importância da música como patrimonio musical negro brasileira.
Se a cultura negra é uma abstração, uma construção histórica e que faz parte do modo de ser, de fazer música do Brasileira. A vitoria de Everton da uma basta na técnica tradicional de música ao provar que para ser fazer música não se precisa ter uma voice americanizada e sim de sensibilidade, pois é esta música que os brasileiros(as) gostam.
           Músicas que Everton cantou ao longo do programa nunca deixaram de existir, pois esta imaterialidade da música, de ficar na mémoria, de encontrar espaços não midiaticos para sua execução é riquíssima em valor cultural, pois resiste ao tempo. Este gênero que nós chamos de samba, é resistencia. Mesmo que isso seja usado pela industria fonográfica, o mais importante é que um dos nossos está lá,  um que nos representa, que fale dos nossos problemas, das nossas realidades em suas músicas.
                   Este jovem um dia apareceu em uma reportagem policial no Balanço Geral em que foi chamado de marginal, pois estava cantando e bebendo com os amigos na cidade baixa. Levaram porrada da policia, e aquele mesmo jornal que fez a denúncia, hoje se rende um Ídolo da Tuca. Nem eles pensavam que um dia isto poderia acontecer, nem eu e todos aqueles que trabalharam com Everton fazendo música. No entanto, diferente dos primeiros que desacreditaram, caluniaram, e quase destruiram a vida daqueles jovens, nós sempre acreditamos no pontencial deles. Se vão ser artistas ou não, nós não nos importamos, queremos incetivar a arte negra e brasileira. Mas já que temos um Ídolos vamos aproveitar pra falar dele. Da sua história, do lugar onde morou, das dificuldades que teve pra fazer música, pra viver da música, quem foram seus mestres, enfim, falar, ouvir e saber da história musical de Everton.
                Sempre que um músico de projetos sociais entra numa faculdade, numa orquestra, ficamos felizes, essa mesma felicidade tevemos ter agora  quando um menino negro, pobre, morador do Campo da Tuca, lugar marcado, estigmatizado pela  violência, passa a ser referencia de um espaço cultural e que auxilou na promoção de um artista. No sentido mais nobre do termo.
Agora podemos nos alegrar não só quando um músico faz carreira na música erudita e sim na música popular. Mesmo que a ultima seja desvaloriza, pelas classes de prestigio nos obriga a repensar o ensino de música genuinamente brasileira.
               Mando um abraço a todas as pessoas que fizeram parte da história de vida do Everton como Silvio Leal da Descentralização Cultura de Porto Alegre, Antonio Matos, Leci Soares Matos da Associação Comunitária do Campo da Tuca, ao sambistas do morro da Vila São José, aos seus amigos, colegas, familiares vivos, e aqueles que foram chamados para Ancestralidade e músicos um grande abraço do tamanho da alegria, e do amor que tem pelo samba o Evertom,   pois quando um jovem vence na vida, na arte que é tão desvalorizada neste país, nós vencemos junto com ele, pois passa a ser o nosso referecial de trabalho e de luta pela valorização da arte, em especial, a música.
Professor de Música do Idolo 2012.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Encontro de Educadores de SASE Zona Leste

Dia 31 será realizada o encontro de educadores do SERVIÇO DE APOIO SÓCIO EDUCATIVO da região Partenon. Abaixo as canções que serão cantadas na oficina. O mesmo repertorio é utilizado nas oficinas de música e capoeira no MOVIMENTO PELOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTES e nas atividades desenvolvidas durante o ano como carnaval e sarau. As experiencias desta pratica conjunta serão relatadas nas proximas postagem e a repercussão com os educadores também. A oficina será ministrada por Pedro Acosta e Roger Angoleiro.

Marinheiro Só


Eu não sou daqui

Marinheiro só

Eu não tenho amor

Marinheiro só

Eu sou da bahia

Marinheiro só

De são salvador

Marinheiro só

Lá vem, lá vem

Marinheiro só

Como ele vem faceiro

Marinheiro só

Todo de branco

Marinheiro só

Com o seu bonezinho

Marinheiro só

Ô, marinheiro marinheiro

Marinheiro só

Ô, quem te ensinou a nadar

Marinheiro só

Ou foi o tombo do navio

Ou foi o balanço do mar

Peixinho do Mar

Quem me ensinou a nadar

Quem me ensinou a nadar

Foi, foi marinheiro

Foi os peixinhos do mar

E nós que viemos

De outras terras, de outro mar

Temos pólvora, chumbo e bala

Nós queremos é guerrear





Paranaue

Foram dizer pra minha mulher, paraná

Capoeira me venceu, paraná

Coro: Paranaue, paranaue, paraná

Eu bati pé firme e diz, paraná

Isso não me aconteceu, paraná

(coro)

Eu aqui não sou feliz, paraná

Mas na minha terra eu sou, paraná

(coro)

Vou embora pra Bahia, paraná

Porque lá é meu lugar, paraná

(coro)

Tem a festa do Bomfim, paraná

E o Mercado Popular, paraná

(coro)

Lá no céu tem tres estrelas, paraná

Todas tres de carrerinha, paraná

(coro)

Uma é minha a outra é tua, paraná

E a outra vai sozinha, paraná

(coro)

A mulher pra ser bonita, paraná

Não precisa se pintar, paraná

(coro)

A pintura é do diabo

E a beleza é Deus que dá, paraná









Nossos mestres

É bananeira

É cabeçada

É meia lua de compasso

É cocorinha, rasteirinha pra valer

Jogo de dentro, Jogo de fora

Da volta ao mundo

Capoeira eu quero ver

Aos nossos mestres

Vamos cantar com emoção

É Bimba, é Pastinha

Mestre Churrasco

É nossa inspiração

Verdadeiro Griot

Da cultura popular

A ginga brasileira

Tá na capoeira

No jeito negro, de ser e de cantar

É jogo, é dança, é luta,

É uma brincadeira

É filosofia popular

Marinheiro

Quem ti ensinou a nadar

Ou foi o tombo do navio

Ou foi o balanço do mar

Pedro Acosta

Sai, Piaba

Cantigas Populares

Sai, sai, sai,

Ó, piaba,

Saia da lagoa.

Bota a mão na cabeça,

A outra na cintura.

Dá um remelexo no corpo,

Dá uma umbigada

No outro.

Quero água

São Antonio eu quero água

Santo Antonio eu quero água

Quero água pra beber

Quero água pra lavar

Quero água pra beber

Eu quero água.


terça-feira, 14 de agosto de 2012

Sou negro sou preto sou afro brasileira.

Canção interpretada por Lucas Medina composição de Pedro Acosta

Música para copa do mundo

Canção para a Copa do mundo de 2014.

Espero que gostem!

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Swing da Gente RS

Essa banda foi o primeiro grupo musical de Pedro Acosta.
Swing da Gente era formado por PEDRO ACOSTA, ZECA PADILHA, LEANDRO PEREIRA, MANOEL GUATEMI, CARLOS ALEXANDRE, BUIÃO, LUIZ FERNANDO.